INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL EM INDÚSTRIA DE CHICOTE AUTOMOTIVO: PROPOSTA DE ACESSIBILIDADE E ADEQUAÇÃO ERGONÔMICA DE POSTO DE TRABALHO NA LINHA DE PRODUÇÃO
MACARINI, Daniele; VIDAL, Douglas Ferreira
Resumo
Contratar pessoas com deficiência na empresa é um dever social de todo empreendimento que possui um número maior que cem funcionários, pois além de incentivar a inclusão, a iniciativa também é fundamental para garantir o cumprimento da legislação, mas na prática, é possível incluir deficientes visuais, de forma produtiva na indústria automotiva, mais precisamente, no posto de fusível? O presente estudo tem como objetivo avaliar a viabilidade técnica de inclusão de trabalhadores com deficiência visual no posto de trabalho onde é feita a inserção de fusíveis em uma linha de montagem de chicotes elétricos para automóveis. Para tanto, avaliou-se o posto de trabalho de inserção de fusíveis, bem como os impactos e avaliou-se os métodos poka yokes. Para caracterização das operações realizadas, utilizou-se observações in loco, enquanto a análise das posturas e esforços adotados pelos trabalhadores foi feita com o emprego do método RULA e apoio de vídeos e filmagens do processo. A operação foi dividida em 4 etapas e em cada uma aplicou-se o método para analisar as posturas e esforços. Os resultados do método mostraram que a operação de inserção dos fusíveis é crítica (score 7, nível 4), indicando a necessidade de estudo e mudanças imediatas em seu modo operacional. Na sequência da análise dos resultados, buscou-se desenvolver propostas de ações orientadas a partir das posturas mais críticas adotadas pelos trabalhadores, bem como por limitações visuais, com o intuito de reduzir os impactos negativos das posturas e esforços realizados, permitindo a inserção de trabalhadores com deficiência visual em condições de realizar o trabalho esperado. Dentre as propostas apresentadas no plano de ação, destaca-se o uso de poka yokes sonoros e sensores de movimento, bem como máscara em Braille. As estimativas indicam que o trabalho pontual das medidas de controle sobre as posturas dos segmentos corporais avaliados, impacta na redução de aproximadamente 42,86% da pontuação final, com redução do nível de risco de 4 para 2, bem como a eficiência das ações de melhoria e possibilitando a inclusão do deficiente visual no posto com melhores condições de postura nos ombros, punhos e pescoço.
Palavras-chave
ergonomia; deficiente visual; método Rula.
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