REFS – O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E SUAS INTERCORRÊNCIAS – O DISLÉXICO ENQUANTO APRENDENTE E O PROFESSOR ENQUANTO MEDIADOR

O presente artigo se propõe a discutir e analisar a dislexia no processo de alfabetização, sendo este um dos distúrbios de aprendizagem mais comum em sala de aula, e com prevalência de aproximadamente 2 a 8% em crianças regularmente matriculadas no ensino fundamental. Avaliar o processo de alfabetização, juntamente com as dificuldades que podem estar presentes e os transtornos de aprendizagem, é atender a uma demanda cada vez mais crescente nas instituições de ensino que, ainda, se encontram despreparadas para lidar com esse tema. Assim, para melhor compreender o contexto da dislexia, tem-se por objetivo identificar como a dislexia se constitui no ser humano, seus reflexos, consequências e implicações no desenvolvimento do aprendizado da leitura e da escrita. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, com base em livros, revistas e periódicos da área da educação, bem como da saúde, fundamentada nos autores: Cândido (2013), Figueira (2012), Fonseca (2011), Marsili (2010), Moura (2013), Teles (2004), na Associação Brasileira de Dislexia, bem como no Manual de Diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM – IV, 1995), que nos mostram que a dislexia não significa que o indivíduo possui incapacidade intelectual, mas sim cognitiva, ou seja, seu aprendizado é mais lento, pois ele encontra dificuldades em relação à leitura, à escrita e para interpretação destes códigos. A dislexia não deve ser encarada com um transtorno e o psicopedagogo, assim como os demais corresponsáveis com a aprendizagem do aluno, têm papel fundamental no processo de sua aprendizagem. Todos os esforços devem estar voltados para que o aluno não seja discriminado, rotulado, evitando, desta forma, o desencadeamento de insegurança, baixa autoestima, culpa, desmotivação, etc., e sinta-se parte integrante da sociedade.